O Movimento da Escola Moderna (MEM) é uma Associação Pedagógica de Professores e de outros Profissionais da Educação. Criado nos anos 60 do século xx, foi formalizado juridicamente como associação pedagógica em 1976.
Constituído por mais de dois mil profissionais empenhados na integração dos valores democráticos na vida das escolas, encontra-se hoje espalhado por quase todo o país e organiza-se em 16 Núcleos Regionais.
Através dos Núcleos, desenvolve anualmente um vasto Plano de Formação, que se concretiza, predominantemente, em ações sistemáticas integradas nas estruturas de autoformação cooperada ou no quadro de formação contínua de professores – formação creditada – promovida pelo Centro de Formação do MEM e apoiada pelo Centro de Recursos.
Colabora sistematicamente com diversas Câmaras Municipais e com Universidades e Escolas Superiores de Educação, através de protocolos de cooperação formalizados com essas entidades.
Tem desempenhado missões relevantes no âmbito do Sistema Educativo através dos seus associados, especialmente em comissões de conceção curricular, de formação de docentes e na produção de materiais de apoio a alunos e à formação de professores.
O Sistema de Formação Cooperada e o Modelo Pedagógico, que os professores vão construindo e utilizando, têm sido divulgados na Revista Escola Moderna, através do relato de práticas e de artigos. A atividade do MEM tem sido objeto de vários trabalhos de investigação, designadamente no âmbito de dissertações de mestrado e de teses de doutoramento.
Em 2001 o MEM foi reconhecido como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública e em maio de 2004, no âmbito das comemorações do 30.º aniversário do 25 de Abril, foi agraciado como Membro-Honorário da Ordem da Instrução Pública.
Referências históricas
Estrutura organizativa
Colaboração com Instituições de Ensino Superior
Protocolos e Instituições de Ensino Superior com as quais colaboramos:
Através dos Núcleos Regionais mantém-se um vasto conjunto de parcerias ou protocolos com instituições locais, no âmbito da sua atividade estatutária, a saber:
- Açores-Terceira: Parceria com a Universidade dos Açores, o Agrupamento da Ilha Terceira, a Direção Regional de Educação dos Açores e as Autarquias e Câmaras da Ilha Terceira.
- Algarve-Faro: Parceria com a Universidade do Algarve, Escola Superior de Educação e Comunicação, com o Agrupamento de Escolas D. Afonso III e com a Biblioteca Municipal Ramos Rosa em Faro.
- Algarve – Barlavento: Parceria com o Agrupamento de Escolas Júlio Dantas, em Lagos e Agrupamento de Escolas Júdice Fialho, em Portimão.
- Aveiro: Protocolo com a Universidade de Aveiro.
- Beja: Protocolo com o Instituto Politécnico de Beja.
- Benedita/Leiria: Parceria com a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria.
- Coimbra: Protocolo com a Escola Superior de Educação de Coimbra.
- Évora: Protocolo com a Universidade de Évora.
- Lisboa: Protocolo de colaboração com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada; Protocolo de Cooperação com a Escola Superior de Educação de Lisboa e com o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa; Protocolo de cooperação com a Fundação Aga Khan Portugal; Protocolo com a Câmara Municipal de Oeiras.
- Madeira: Convenção com a Universidade da Madeira no âmbito científico e pedagógico e parceria com a tutela da Secretaria Regional de Educação e Recursos Humanos.
- Porto: Parceria com a Faculdade de Psicologia de Ciências da Educação da Universidade do Porto.
- Seixal/Almada: Parceria com a Câmara Municipal do Seixal e com o Colégio do Vale e com o colégio O Cantinho dos Amigos. Protocolo com o Instituto Jean Piaget de Almada.
- Setúbal: Parceria com Instituto Politécnico de Setúbal.
- Tomar: Protocolo com o Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, de Tomar.
- Vila Real: Relação Institucional com o Agrupamento de Escolas Morgado Mateus.
Acrescem diversos outros protocolos e parcerias celebrados com autarquias locais e outras entidades
Estudos sobre o MEM
Livros editados
- González, P. (2003). O Movimento da Escola Moderna. Um percurso cooperativo na construção da profissão docente e no desenvolvimento da pedagogia escolar. Porto: Porto Editora.
Teses de Doutoramento
- Brazão, P. (2008). Weblogs, aprendizagem e cultura da escola: um estudo etnográfico numa sala do 1.º CEB. Funchal: Universidade da Madeira.
- Folque, M. (2008). An investigation of the Movimento da Escola Moderna (MEM) pedagogy and its contribution to learning to learn in Portuguese Pre-schools. London: Institute of Education, University of London.
- Serralha, F. (2008). A Socialização Democrática na Escola: o desenvolvimento sociomoral de alunos do 1.º CEB. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa.
- Cosme, A. (2006). Ser professor numa escola num tempo de incertezas: contributo para uma reflexão sobre a prática profissional de docentes dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico. Porto: Universidade do Porto – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.
- Trindade, R. (2003). Escola e Influência Educativa: O Estatuto dos Discursos Didácticos Inovadores no 1.º CEB em Portugal – Movimento da Escola Moderna. Porto: Universidade do Porto.
- Ribeiro, E. (2001). Identidade na criança e práxis na Educação Pré-escolar. Braga: Instituto de Psicologia e Educação – Universidade do Minho.
- González, P. (1999). El Movimento de la Escuela Moderna: Su caracterización en la perspectiva de quienes lo construyen; La evolución de los conceptos pedagógicos y formación. Salamanca: Universidad de Salamanca – Facultad de Educácion.
- Vasconcelos, T. (1995). Houses and fields and vineyards shall yet again be bought in this land: the story of Ana, a public kindergarden teacher in Portugal. Illinois: University of Illinois at Urbana-Champaign.
- Grave-Resendes, L. (1989). Niza’s pedagogical model: a real life experience based approach to literacy. Boston: Boston University – School of Education.
- Serpa, M. (1983). An inquiry into beginning portuguese reading performance. Boston: School of Education, Boston University.
Dissertações de Mestrado
- Alves, O. (2010). Desenvolvimento da atitude científica no 1.º CEB através do Ensino Experimental das Ciências. Vila Real: Universidade de Trás-os-Montes.
- Mestre, L. (2010). A acção-investigação e a Mudança no Movimento da Escola Moderna – Um estudo de caso. Lisboa: Universidade de Lisboa, Instituto de Educação.
- Xavier, S. (2010). O Movimento da Escola Moderna e o ensino da literatura – uma experiência em contexto de sala de aula. Vila Real: Universidade de Trás-os-Montes.
- Rosa, C. (2009). A estrutura narrativa na escrita dos alunos surdos. Lisboa: Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Lisboa.
- Valadão, F. (2009). A participação política e a construção da profissão docente: o caso do Núcleo Regional dos Açores do Movimento da Escola Moderna. Ponta Delgada: Universidade dos Açores.
- Cardoso, G. (2005). Nos bastidores das práticas: planificar, observar, documentar e avaliar em Educação de Infância. Braga: Instituto de Estudos da Criança – Universidade do Minho.
- Marques, A. (2005). Contextos de Educação Pré-Escolar promotores de aprendizagens significantes no domínio da linguagem escrita: a evolução dos conhecimentos das crianças em dois grupos socialmente contrastados. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
- Belchior, M. (2004). Desenvolvimento profissional e aprendizagem dos professores do 1.º CEB: contributos para uma reflexão sobre a aprendizagem como prática social. Lisboa: Departamento de Educação da Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa.
- Rodrigues, A. (2004). Práticas Promotoras do Estudo na Disciplina de História no 3.º CEB. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia de Educação.
- Santana, I. (2003). A Função Epistémica da Escrita: Da Revisão de Textos à Reflexão sobre a Escrita por Alunos do Terceiro Ano de Escolaridade. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
- Vieira, F. (2003). O Diário de Turma como Instrumento Curricular para a construção social da moralidade: Os juízos sociais de crianças e adultos sobre incidentes negativos da vida em grupo. Braga: Instituto de Estudos da Criança – Universidade do Minho.
- Figueira, M. (2001). Um Roteiro da Educação Nova em Portugal. Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação de Lisboa, Instituto de Educação.
- Aleixo, M. (2001). A vez e a voz da escrita. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
- Pessoa, A. (1999). Movimento da Escola Moderna Portuguesa (1966-1996). Lisboa: Universidade de Lisboa.
- Serralha, F. (1999). Evolução das decisões morais em contexto educativo – Modelo democrático de socialização. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa.
- Niza, I. (1995). A escrita na escola: correcções e juízos dos professores sobre textos dos alunos. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
- Pires, J. (1995). Práticas de Planificação na Escola Moderna Portuguesa (um estudo exploratório). Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação, Instituto de Educação.
- Lindia, M. (1993). Niza’s model: a Classroom Diary. Providence: Brown University.
- Bellem Ribeiro, J. (1984). An in service teachter education model for the portuguese new schools of education. Boston: School of Education – Boston University.
- Lourenço, L. (1984). Portuguese Modern School Pedagogy as seen by those who practice it. Boston: School of Education – Boston University.
Opiniões acerca do MEM
A colaboração sistemática que o MEM tem vindo a sustentar com diversos organismos e entidades, tem obrigado a alguns esforços mas com grandes benefícios para o crescimento da própria instituição. São muito gratificantes as palavras dirigidas ao movimento, em diversas situações, e proferidas por algumas importantes figuras da pedagogia e das ciências da educação.
Ler mais Albano Estrela, antigo presidente do Conselho Científico da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Lisboa. Julho de 1990, sessão de abertura do 12.º congresso do MEM
Ler mais António Sampaio da Nóvoa, representante da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação ao 13.º congresso do MEM de 1991
Ler mais João Formosinho, professor da Universidade do Minho, na conferência de abertura do 18.º congresso do MEM